Tricolor empresta peças importantes da temporada 2015 com o intuito de fazer caixa; jovens devem formar base da equipe na Segundona
REDAÇÃO FUTEBOL GONÇALENSE

O torcedor do Gonçalense viu seu time corresponder com boas campanhas em 2015. Estreando em competições como a Série B do Campeonato Carioca e Copa Rio, o Tricolor Metropolitano apresentou uma boa equipe, mas que foi totalmente desfeita, contrariando o discurso da diretoria, que dizia ter a intenção de manter seus principais jogadores.
Do chamado time titular (que jogou durante a maior parte da Copa Rio), só o zagueiro Anderson ainda não foi negociado com outro clube. Os outros 10 atletas, além reservas importantes, já sabem que não vão começar 2016 no Gonçalense. O desmanche no elenco tem gerado preocupação nos torcedores.
Só para o Bangu o Gonçalense perdeu quatro titulares: o goleiro Julio, o volante Dyeguinho e o meia William Amendoim foram emprestados para a disputa da Série A. Já o zagueiro Guapi, que pertence ao clube da Zona Oeste, retornou, conforme o previsto.
E os empréstimos se extenderam a outros três importantes atletas. Os laterais-direitos Sales e Thiaguinho (o primeiro titular em toda a Copa Rio) foram para o Bonsucesso, outro integrante da elite estadual. Já o meia Nélio vai disputar o Campeoanto Brasiliense pelo Brasília. Fechando as perdas vem o volante Gustavo Moura, negociado em definitivo com o Resende.

Ídolo vai para o México em transação misteriosa
Principal nome do Gonçalense desde sua fundação, o atacante Sabão foi negociado com o Coras, clube da segunda divisão mexicana. Já apresentado em seu novo time, o atacante tem contrato com Tricolor até 2020. A ida para o futebol da América do Norte passaria por um investidor, mas não se sabe se o Tricolor teve ou não retorno financeiro imediato, nem em quais moldes aconteceu a transferência.
Cartas fora do baralho
Do time titular na Copa Rio dois atletas não depertavam desejo para a renovação de vínculo. O atacante João, um desses, fechou com o Potiguar (RN), enquanto o lateral-esquerdo Rato ainda não tem nova casa. O zagueiro Anderson, outro que encerrou a campanha como titular, ainda não fechou com outra equipe, e ao que tudo indica não deve prosseguir no Tricolor.
Nem treinador escapou
O comando técnico é outra incógnita no Gonçalense. Mário Marques deixou o cargo após a Copa Rio e seu retorno é improvável. O profissional deve acertar com o Bonsucesso ou voltar ao Bangu, mas como gerente de futebol.
Vice-presidente do Gonçalense, Thiago Thomaz declarou no início de dezembro que a questão envolvendo o nome do novo técnico estava bem encaminhada, com três selecionados em pauta. Como de costume, nada foi relevado. Até agora, nenhum anúncio oficial foi feito.
Aposta na garotada

Com um poderio financeiro reduzido, o Gonçalense deverá apostar na prata da casa para a disputa da Série B. Nomes como os zagueiros Joseph e Villar, os volantes Pimentel e Allan, além do meia David e o atacante Talis, devem estar entre os profissionais. Em 2015 eles apresentaram bom desempenho na Segundona Sub-20 e no Torneio OPG.
Atletas mais experientes devem ser contratados a fim de balancear o elenco, no entanto, a diretoria tricolor trabalha em segredo e guarda as negociações a sete chaves. O início da pré-temporada visando a Série B (que começa em março) está marcada para 4 de janeiro, no Catarinão.