Lateral-direito reconhecido pela regularidade nas passagens por São Gonçalo FC, Gonçalense, São Gonçalo EC e Maricá, Dreivison viveu, no início de 2020, um grande momento na carreira. Na segunda experiência fora do Rio de Janeiro, foi titular absoluto do 4 de Julho, principal sensação do Campeonato Piauiense.

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Dreivison vinha realizando campanha invicta pelo 4 de Julho, no Estadual do Piauí. Foto: Divulgação.

A equipe da cidade de Piripiri vinha invicta até a paralisação do Estadual por conta da pandemia do novo coronavírus. Foram 10 jogos disputados, com cinco vitórias e cinco empates. Na tabela, só estava atrás dos tradicionais Altos e Picos.

– No Piauí é muito disputado. Nosso diferencial era o trabalho em conjunto. Como muitos sabem, o Emanoel Sacramento (técnico) levou alguns jogadores do Rio e me fez esse convite. O trabalho dele é muito bom, exige muito nas partes física, tática e técnica. O pessoal abraçou e deu certo. Automaticamente o individual acaba aparecendo melhor. Fui bem visto, apresentei bom futebol e saí com as portas abertas para uma próxima oportunidade – explica o camisa 2, que rescindiu por conta da indefinição quanto ao retorno da competição.

– Acredito que é meu auge. Eu fui em Brasília e joguei uma primeira divisão, porém não foi o que eu esperava, devido à falta de caráter do presidente, de promessas que não se cumpriram. Já no Piauí são pessoas de ótimo caráter, um lugar bom, jogando primeira divisão, sendo visto. No Rio tenho grandes conquistas, acessos, mas em questão de divisão, tem um peso jogar a primeira. Está entre uma das minhas melhores passagens, mas infelizmente não concretizamos com uma conquista. Antes eu vinha sempre chegando e conquistando. Estávamos perto disso no 4 de Julho, em terceiro lugar, encaminhados para chegar na final.

Carinho da torcida e entrosamento em campo

Na pequena Piripiri, cidade com quase 70 mil habitantes, o 4 de Julho conta com larga simpatia, a ponto da Arena Itacoatiara estar sempre lotada. O calor das arquibancadas ficará marcado, segundo Dreivison.

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Carinho da torcida, responsável por arquibancadas lotadas, ficou marcado para Dreivison. Foto: Divulgação.

– Um calor enorme. A torcida lotava. O 4 de Julho estava até como líder de público. Era um calor ao descer do ônibus e chegar no vestiário, assim como no aquecimento. É cidade de interior, o povo gosta do futebol, vive disso e abraça muito os jogadores. Era abordado na rua, pediam fotos, nos parabenizavam. A cidade nos acolheu muito bem – relembra o jogador, que dentro de campo também estabeleceu parcerias valiosas.

– Daqui do Rio foram o Ricardinho, o Bernardo e o Daniel. O treinador ser o Emanoel Sacramento ajudou. Ele já conhece meu trabalho, as características individuais, qualidades e defeitos. Você fica mais à vontade. E encontramos pessoas humildes lá. Foi um conjunto. Jogávamos contra no Rio, batendo de frente, e nos conhecíamos. Quando agregou num conjunto, já era praticamente meia equipe, mais o treinador.

Volta ao Maricá está garantida

A sequência de 2020 será na Série B1 do Campeonato Carioca, assegura Dreivison. Já existe acerto engatilhado com o Maricá, clube que ajudou a subir para a Segundona no ano passado.

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Sequência da temporada 2020 será no Maricá, na disputa da Série B1 do Carioca. Foto: Pedro Costa.

– Antes da pandemia eu estava com a expectativa bem grande. As portas estavam se abrindo, muitas coisas sendo especuladas, vinha recebendo contatos. Estava projetando uma situação para o segundo semestre, mas veio a pandemia e não se sabe como o calendário vai ficar. Recebi convites de clubes da B1, mas encaminhei a volta para o Maricá. Meu interesse era de retornar, ficar perto da família. É algo mais certo, sério, num lugar onde fui feliz – disse o lateral, que encerra projetando a briga pelo acesso à elite do Rio de Janeiro.

– É uma competição muito difícil. A B1, com esse novo modelo que a Federação montou, fica ainda mais complicada. Mas pelo projeto, pela dimensão que o clube almeja, com diretoria, presidência, comissão, sempre podemos esperar o algo mais. É um clube que não bota os pés pelas mãos, honra com o que fala. Acredito que podemos surpreender. Ficou uma base boa, apesar das baixas. Vai ser mantida 70% da equipe e vai vir uma rapaziada que vai agregar. Podem esperar o Maricá brigando pelo acesso.