O mundo do esporte oferece oportunidade nos mais diversos cantos do planeta. João Pedro Vargas, gonçalense de 23 anos, encontrou estabilidade em Malta, pequeno país da Europa que possui pouco menos de meio milhão de habitantes. A ilha, conhecida pelos pontos turísticos paradisíacos, vem desenvolvendo o futebol profissional com a presença de diversos brasileiros.

João Pedro, que é zagueiro, vem duas temporadas nos gramados malteses. Na primeira oportunidade, vestiu a camisa do Qrendi. Se destacou, abriu portas e repetiu a dose entre 2019/2020, dessa vez atuando pelo San Gwann.

– Malta foi muito surpreendente na minha vida. As duas temporadas foram muito boas. Dei continuidade no trabalho e tive reconhecimento. Nessa segunda temporada, o Qrendi me queria de volta, mas achei melhor ir para outro time com maior estrutura e um projeto muito bom – explica João Pedro.

– Eles gostam do jogador brasileiro e são muitos atuando lá, mas ao mesmo tempo existe um limite de escalação para atletas estrangeiros. Consegui abrir esse mercado. Lá eles prezam muito pela tática, então a qualidade do brasileiro sobressai.

De golpe no Paraná à redenção em Malta

Antes de partir para o primeiro desafio em Malta, João Pedro passou pela base de clubes do Rio de Janeiro, como Portuguesa, Duque de Caxias e Bonsucesso, além de um período em Portugal. Como profissional, defendeu Queimados (RJ), Botafogo (SE), Princesa do Solimões (AM), Gonçalense (RJ) e Maricá (RJ).

Na equipe maricaense, fez sucesso em 2017, na disputa da Série B2 do Campeonato Carioca, chegando na final de segundo turno. De lá, partiria para o Maringá, do Paraná, mas descobriu que tudo não passava de um golpe.

– Um amigo me indicou para um cara que estava querendo jogador no Maringá. Dois dias depois, vi que era mentira e caí num golpe. Foi aí que meu ex-treinador em Portugal me levou para um teste em Malta, no Qrendi – relembra o zagueiro, que destaca outros pontos positivos da vida no país europeu.

– É um país top, uma ilha linda. Os pontos turísticos são maravilhosos. Não tenho nada do que reclamar da vida lá, que é ótima. O único problema é o idioma. Tem o inglês, o maltês, que é impossível, parecido com árabe, tem o italiano… mas me adaptei muito fácil. O estilo de vida é tranquilo e o custo não é tão alto. Fora que tem a segurança. É totalmente diferente do Brasil.

Prioridade é permanecer no Brasil

O campeonato nacional de Malta foi paralisado na reta final por conta da pandemia do novo coronavírus e o San Gwann, clube de João Pedro, conquistou o objetivo do acesso para a First Divison. Apesar da boa trajetória na Europa, a expectativa do defensor é tentar um novo desafio no Brasil.

– Se eu tiver uma boa oportunidade para jogar no Brasil eu pretendo ficar aqui, seja no Rio ou em outro lugar. Em Malta tenho duas propostas dos times em que joguei, mas tem esse problema de coronavírus. Sair do país nesse momento pode não ser uma boa. Não sei o que vai acontecer. É uma decisão difícil. Criei um nome lá, mas também posso criar o meu aqui – finalizou.